Dieser Artikel wurde von Anne Fritsch, Nina Mölbert, Julia Müller, Eugenia Schneider und Nathalie Uhrik, Studierende des FTSK Germersheim, unter der Leitung von Nadine Scherr im Rahmen des Projektes „Global Voices“ übersetzt.
Dieser Bericht ist Teil unseres Dossiers über Europa in der Krise.
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Die Herabstufung von Portugal durch die unabhängige amerikanische Ratingagentur Moody's auf ‚Ramschniveau‘, weil das Land unfähig ist, seine Staatsschulden zu begleichen, hat “ zu erstaunlicher, landesweiter Aufregung ” geführt. Unter anderem explodierte die Anzahl an Facebookseiten und -veranstaltungen förmlich. Es wurde ein Online-Flashmob organisiert, bei dem massenhaft User zum gleichen Zeitpunkt auf Moody’s Internetseite zugreifen sollen, um den Server zum Absturz zu bringen (Mehr als 80 000 User haben ihre ‘Mitarbeit’ bereits zugesagt). Moody’s wurde mit E-Mails und Telefonanrufen bombardiert und es wurden verschiedene Videos , erstellt.
Wie auf den Bildern zu sehen ist, mangelte es den Protestierenden nicht an Originalität.
Währenddessen ist die portugiesische Blogwelt voller kritischer Analysen, in denen die Details von Moody's Einstufung diskutiert werden. Viele hinterfragen die offensichtlich vorschnellen emotionalen Reaktionen auf die “Ratingsaga“, angesichts der aktuellen Wirtschaftskrise.
Vorschlag: Die finanzielle Rettungsaktion wurde durch die Troika (Internationaler Währungsfonds, Europäische Zentralbank und Europäische Kommission) bereits ins Rollen gebracht.
Die erste Maßnahme dieser Rettungsaktion besteht in einem Kredit in Höhe von 78 Milliarden Euro , mit denen der Staatshaushalt ausgeglichen werden soll.
Carlos Mesquita, vom Blog O ClariNet (dt. Das AufklärWeb) schreibt:
Não há nada como uma campanha publicitária para adormecer o povinho, a partir de agora é só não fazer ondas e cumprir patrioticamente o que diz a troika.
Aber der Wirtschaftsexperte Vitor Bento, vom Blog Sedes (dt. Wissensdurst) der Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (Vereinigung für wirtschaftliche und soziale Entwicklung) glaubt, dass „es nichts bringt, seine Zeit damit zu verschwenden“, über eine „unangenehme Entscheidung zu diskutieren“.
A decisão da Moody’s é inconveniente? É. Suscita uma sensação de injustiça, quando o governo – e não só – se mostra totalmente empenhado em cumprir e ultrapassar os objectivos acordados com a Troika, tendo já mostrado esse empenho através de decisões difíceis? Sim. Mas centrar a discussão nestes aspectos e maldizer as agências de rating por estas consequências é atirar ao alvo errado.
Jurist und Rechtsprofessor an der Universität von Coimbra Vital Moreira stimmt teilweise zu und bemerkt mit ironischem Unterton, dass „obwohl sich eigentlich nichts geändert hat, sich im Grunde alles geändert hat”:
Antes, a crise da dívida pública portuguesa era só nossa e as agências de rating eram só mensageiras de más notícias de que o único responsável era o Governo português. (…)
Agora que o Governo é de direita, passámos subitamente a ser vítimas da situação grega e da falta de determinação da UE em responder à crise do euro, e as agências de rating são cavilosos agentes encartados do mal, apostados em aniquilar os virtuosos esforços de Portugal!
Nun, da wir eine rechtsgerichtete Regierung haben, sind wir plötzlich zu Opfern geworden – zu Opfern der Situation in Griechenland und der Unentschlossenheit der EU, auf die Euro-Krise zu reagieren. Außerdem sind die Ratingagenturen betrügerische Agenten voll böser Absichten, die darauf spekulieren, dass die vorbildlichen Bemühungen Portugals scheitern.
Im Blog O Albergue Espanhol bezeichnet Luís Menezes Leitão die „Reaktionen auf Moody‘s Entscheidung von Personen auf höchster Regierungsebene [als] völlig unangebracht“. Er zitiert den am 5. Juni gewählten Ministerpräsident Passos Coelho, der sagte, es sei „wie ein Schlag ins Gesicht“ gewesen, sowie den portugiesischen Staatschef Cavaco Silva, der die Einstufung als „amerikanische Verschwörung gegen europäische Länder“ bezeichnete, die „in offensichtlichem Widerspruch zu früheren Äußerungen der Ratingagentur zum selben Sachverhalt“ stehe.
Der Jurist Tomás Vasques vom Blog Hoje há conquilhas, Amanhã não sabemos, fügt hinzu, dass die politische Krise und das Scheitern der Regierung Ende März „zu einem schwindelerregenden Anstieg der Zinssätze dieser Kredithaie geführt hat, die von diesen [Rating]agenturen auch noch in Schutz genommen werden. Dadurch wurde der Zugang zu den für uns so überlebenswichtigen Krediten noch weiter erschwert“:
Envoltos na espuma dos dias, já nem sequer nos lembramos que, em Março, os juros dos empréstimos a três anos estavam nos 6% e hoje estão nos 19%. Como, também, não nos interessa lembrar que uma outra dessas agências de notação nos desclassificou cinco níveis, em Abril passado, empurrando-nos, então, perigosamente para o que eles classificam como lixo. Nessa altura, ninguém tugiu nem mugiu, como se isso se encaixasse num plano de descrédito do anterior primeiro-ministro.
”Moody’s Geschäfte”
Professor Pedro Pita Barros, vom Institut für Wirtschaftswissenschaften der Universidade Nova de Lisboa, erklärt, dass das „Geschäft“ der Ratingagenturen häufig mit einer „Ratingagenda“ verwechselt wird, wenn diese, ihrer Aufgabe entsprechend, die Risikoeinschätzung von Schuldnern als Entscheidungsstütze für Investoren weitergeben.
A vida (e sobrevivência) das agências de rating faz-se pela prestação de informação. As classificações atribuídas servem para que os investidores de todo o mundo não tenham que analisar em detalhe todas as emissões de dívida que ocorrem. Se cada investidor tivesse que olhar com minúcia todas as emissões de dívida, haveria uma duplicação de esforços e desperdício de recursos em comparação com uma análise única e depois facultada a todos os outros. O propósito último da agências de rating é fornecer informação aos investidores. E apenas enquanto fornecerem informação útil e credível aos investidores terão possibilidade de sobrevivência. Há investidores especulativos que aproveitam essa informação? Certamente. Mas também os investidores que não tenham objectivos de especular o fazem.
Ihre Einstufungen dienen dazu, dass sich Investoren weltweit nicht mehr selbst über alle neuen Anleihen informieren müssen, die ausgegeben werden. Müsste sich jeder Investor im Detail mit jeder Anleihe auseinandersetzen, würden sich diese Anstrengungen ständig wiederholen und unzählige Ressourcen verschwendet. Dies kann man sich durch eine für alle zugängliche Analyse ersparen . Das übergreifende Ziel der Ratingagenturen ist es, die Investoren mit Informationen zu versorgen. Und nur wenn eine Agentur nützliche und glaubwürdige Informationen an Investoren herausgibt, wird sie auf dem Markt bestehen können. Nutzen Spekulanten diese Informationen aus? Mit Sicherheit. Aber auch viele Investoren, die nicht vorhaben zu spekulieren, tun dies.
David Silva macht auf dem Blog Criticamente Falando (dt. Kritisch Gesprochen)Dangerous Mafia (dt. Gefährliche Mafia).
Uma das maiores críticas dirigidas às agências de rating resulta do potencial conflito de interesses nas suas atividades: são pagas pelos investidores para avaliar terceiros. O mercado da avaliação de risco de crédito é dominado (95%) por três agências norte-americanas: a Fitch, a Moody’s e a Standard & Poor’s. Não existe uma agência de rating europeia, o que impede com que a europa tenha alguma arma de ataque face às gigantes dos outros países.
Folglich warnt Vitor Bento vor der Straflosigkeit der „verantwortungslosen Investoren der Vergangenheit”:
“seria de toda a justiça que os credores fossem chamados a pagar parte da factura, já que a sua irresponsabilidade creditícia também contribuiu para a presente situação”. Mas as agências de rating não se pronunciam sobre justiça (moral). Pronunciam-se sobre riscos de investimento e é um facto que o risco de perda destes investimentos aumentou (o que não quer dizer que esse risco se materialize necessariamente).
Das Titelbild dieses Posts stammt aus dem Video Uprising to Downrating (dt. Aufruhr wegen der Herabstufung) von IamFromLx auf Vimeo.
Dieser Artikel wurde in Zusammenarbeit mit Ana Vasquez verfasst.
Dieser Bericht ist Teil unseres Dossiers über Europa in der Krise.